sexta-feira, 21 de novembro de 2008

"Vou deixar a rua me levar..."

Em semanas de prova as pessoas geralmente não perdem tempo em blogs ou coisa assim, certo? Errado!

Não agüento mais fazer trabalho ou estudar, então dou um tempo por aqui.

Hoje acordei diferente. Resolvi que para o meu dia ser feliz, só depende de mim! Como era grande a quantidade de atividades já marcadas e obrigações importantes não consegui mudar muita coisa, mais percebi que posso ver as coisas de maneira diferente.

Hoje tive uns 15 minutos que me deixaram bem mais calma. Tudo por causa da Rua Sem Fim. Engraçado como às vezes temos tudo bem perto mais estamos preocupados com o depois que nem percebemos. Essa rua que eu passo 2, 3 e até 6 vezes ao dia nunca tinha sido motivo para reflexão. Hoje foi.

Queria fazer do meu dia diferente. Como?? Milhões de coisas que precisavam ser feitas! Então, lembrei de um livro sobre IE que li uma vez, o livro nos permitia ver o mundo de maneira diferente. E foi isso que fiz, atravessei toda a sem fim reparando em detalhes, momentos e pessoas.

Logo que comecei, vi ao longe um velhinho de bicicleta, ele era bem velhinho e fazia força para pedalar, fiquei com dó. Depois percebi que ele ria para todos, e fiquei com vergonha. Dó não é um sentimento muito bonito.

O vento estava forte, e a sensação no meu rosto foi maravilhosa, o sol também estava forte. Vi uma flor caído em câmera lenta, cena linda. No mesmo momento um beija-flor quase encosta no meu nariz, de tão próximo, ouvi seu som.

Daí vi que ele estava feliz, e percebi que é primavera, e as árvores estão com um verde lindo! Há flores em todos os lugares. Tudo muito lindo. Como não tinha reparado antes? Tantas vezes passando.

Vi também muitas repúblicas repletas de pessoas estudando, estudantes apressados para a próxima prova iam e vinham. Carros barulhentos passaram. Bicicletas e pessoas. Parecia que o tempo tinha parado só pra eu analisar o mundo em volta.

Vi casas que imaginei pintadas e bem cuidadas. Vi muitas árvores e plantas com suas folhas verde primavera. Quase no fim passo pela casa do cachorro chato, que todos falam que é feio, pobre cão, só é escandaloso. Minha análise do mundo acaba junto com a rua sem fim, que desemboca em um rio, ou quase, um córrego.

Minha trajetória terminha no bar Capitão Gancho, que me lembra que não sou o Peter Pan e o tempo para mim importa. Lembro me de olhar no relógio, e perceber que tinha 1minuto para chegar até a sala do professor.

Chegando lá ele pegou o arquivo e disse que ia ler depois, ele já ouviu falar em e-mail? Se não tivesse sido transformada pelo trajeto, teria ficado brava, mais ao contrario, voltei leve, feliz e sem preocupações para casa e passei feliz o resto da tarde fazendo trabalhos. E esse meu caminho de percepções foi meu único momento de descanso. Valeu à pena!

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