segunda-feira, 22 de setembro de 2008

"De repente as coisas mudam de lugar..."

Sono acumulado de 4 dias. Cansaço mental, físico e psicológico. Por que não estou dormindo? Porque minha cabeça está cheia demais pra desligar. É preciso engavetar os pensamentos ou colocá-los em caixas etiquetadas. Organizar tudo para poder pensar melhor.

É engraçado como a maturidade chega rápido. Você leva 9 meses para nascer, 1 ano e pouco para falar e andar, 8 + 3 na escola, vários na faculdade, mas para amadurecer leva apenas um dia, uma conversa, uma mudança.

Na verdade, a gente leva anos para amadurecer, mas o dia que você percebe que amadureceu de fato é diferente. A gente vai levando a vida sempre com um porto seguro para voltar. Não pensamos no fato de que “nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia”. Um professor falava que você amadurece quando, ao invés de te mandarem pro quarto, seus pais te incluem na briga.

Comigo não foi assim. Sempre me achei madura, mais acho que ainda me considerava jovem não adulta. E, não mais que de repente, o mundo cai nos meus ombros e eu sinto a responsabilidade de quase 22 anos ainda não computados.

E é nesse momento de auto-analise eu paro e percebo que a maturidade já estava comigo a um bom tempo. Repenso muita coisa também e sinto falta de um apoio. Só queria ser apoiada ao invés de apoiar. Penso que isso é egoísmo, mas não sei ao certo o que é. Devo ter nascido para ser ouvinte não ouvida, apoio não apoiada, ajuda não ajudada.

Não fico triste com isso, gosto de ouvir e ajudar, sempre gostei. É que só reparei isso agora e achei interessante. E percebi que tenho sido sempre a coadjuvante e nunca a atriz principal. Sim, eu estou viajando! Acredito que a vida é um grande filme, por exemplo, algumas pessoas não combinam com o lugar onde vivem, logo, foram colocadas de figurante no lugar errado!

A vida é simples assim, e eu que sempre gostei de musicais glamorosos, vou conseguir no máximo um Oscar por melhor atriz coadjuvante. Sempre a outra lá, que acompanha a verdadeira dona da história, sempre a amiga, a vizinha, a simpática, que ajuda quando ele precisa, que resolve as merdas dos outros mais nunca conseguem resolver a própria merda!


É, acho que posso me acostumar, já estou até mais feliz. Momento de mudanças e a certeza de que a volta pode não ser mais possível e que a vida de antes da faculdade não vai mais existir. Todas as minhas certezas vieram a baixo, mas sinto-me preparada pra preparar minha vida, que essa eu tenho certeza que nunca será a mesma!

Um comentário:

Renata disse...

Terwis ... Adoro ler seu blog pq me sinto menos estranha e chego a feliz conclusao d que a gente eh muito parecida!!... Bjooo Prima