“Não habita, se habitua”

Isso é a mais pura verdade, como é incrível a mania que a gente tem de se acostumar com tudo. No inicio é tudo tão difícil, que a gente sempre pensa que não irá conseguir, e de repente, lá estamos, super acostumados e nem lembramos de como era a nossa vida antes.

Eu mesmo, já me acostumei em cada lugar. Uns bons, outros nem tanto, outros ainda estou tentando. E nós vamos assim, vivendo. “Se fosse fácil achar o caminho das pedras, tantas pedras no caminho não seriam ruim”.

Acostumei a estudar no centro de SJC, pegar ônibus muito cedo e chegar em casa muito depois do 12:00. Acostumei a trabalhar na Secretaria de Educação, com toda aquela gente feliz. Depois acostumei no cursinho, acordar muito cedo, estudar o dia inteiro, pouca TV, pouca diversão. Acostumei a morar longe de casa, sozinha, a ter mais responsabilidades, a dividir casa com uma pessoa com hábitos diferentes. Acostumei depois a dividir cada com mais pessoas, que falam mais e são mais companheiras. Acostumei com minha irmã longe, com os avôs mais perto. Acostumei com tanta coisa. Principalmente a ser sozinha!

Lógico que amor da família eu tenho, e muito. Até sufoca às vezes, mais às vezes é o melhor que a vida me dá.

Agora, Érica em casa, acostumei com ela já, parece que a vida nem passou. E a gente sempre esteve aqui, nós duas dividindo o quarto e as risadas. Família unida! Há quanto tempo isso não era possível??? Mesma sintonia, mesma felicidade, muita coisa diferente, todo mundo mais velho, mais quando junta tudo é como se o tempo não tivesse passado, e a vida se resumisse as paredes dessa casa, que já não é mais a mesma, mais o amor é o mesmo.

É como se a vida estivesse congelada, esperando todo mundo voltar. Esquecemos todos os problemas e tiramos as risadas das gavetas. A tranqüilidade de viver sem medos e saudades, a delícia de se ter o que deseja: Amar e ser amado!

É... com isso acho que me acostumo rápido, difícil e desacostumar quando ela for embora... Mais isso, já é outra história!