Escrever, um vício? Talvez. Um desabafo? Com certeza. Pessoas vivem de suas palavras em papel, pessoas cantam palavras em papel. Pessoas escrevem por profissão e dom ou a toa, pra passar o tempo, organizar as idéias abrir o coração.
“Palavras pequenas, palavras apenas, palavras...momentos.”
Na confusão de uma vida cheia de deveres, poucos diretos ando encontrando. Então na tumultuada vida de compromissos, resolvi voltar-me as palavras, como válvula de escape para a mente que não consegue pensar de tão cansada.
Um cansaço moral, cansaço da vida que levo. Muito tempo sem mudanças dá nisso. Quero revolucionar a vida que tenho, mais o cronograma apertado só me deixa ir até o próximo compromisso. Entre festas, trabalhos e responsabilidades. Entre pessoas, superiores e subordinados. Entre amigos, estranhos e conhecidos. Me vejo só, rodeada de pessoas, sem ter alguém para correr quando a coisa aperta, sem ter para quem dividir minhas alegrias e tristezas, sem poder contar meu dia e minhas coisas bobas.
E nessa fuga da solidão, quero ficar sozinha, mais parece que é impossível. O livro de marketing me olha feio, me xingando de nomes mil para estudá-lo. E a única coisa que penso quando o olho é sono!
O importante é não desanimar, aproveito a primeira semana de aula, coloco uma roupinha melhor, uma base na olheira e bôra festar. Mais num foi tão bom assim, alguns fatos me cutucaram fundo. Antes fosse só por isso. Mais digamos que muita vergonha alheia além de ficar correndo o tempo inteiro atrás de uma amiga empolgada demais. Ai, o forró! Faz tanto tempo que não danço e o máximo que ouvi foi uma música, deixa para próxima.
Mais calma! Começo de semestre, minha vida está sendo definida. E se Deus quiser “daqui pra frente, tudo vai ser diferente...”